sexta-feira, 16 de março de 2012

Prainha


A Prainha fica 10km além da praia das Dunas, e é uma das preferidas pela população local. O lugar é tranquilo e a comida é excelente. 


A praia tem alguns coqueiros, mas não são suficientes para uma boa cobertura; então, voltam os quiosques. Abaixo, uma visão geral da Prainha, para um lado...





... e para o outro.








Os quiosques...


E o mar, com ondas na medida certa e um entusiasmado surfando puxado pela vela (não sei o nome disso). Ele ficou um tempão aproveitando o vento e as ondas!


Passamos um dia muito agradável nessa praia. Depois do almoço, fui conhecer as rendeiras do lugar, e havia diversas trabalhando com os bilros. Dessa vez fotografei. É simplesmente incrível a forma como as rendeiras manejam os bilros (os palitinhos de madeira com os fios brancos presos) e tecem a renda! Só vendo mesmo. O resultado é uma renda que, se for feita com fios finos, tem uma delicadeza fantástica. Toda a trama branca é renda já feita.


De volta à praia, fui olhar mais de perto as jangadas dos pescadores, que ficam afastadas da área de banho.


Nessa área dos pescadores, bem pertinho da praia, tem uma lagoa rasa que dá um charme todo especial ao lugar.








Uma jangada na lagoa, vista mais de perto.








Como adorei essa foto, deixei para o encerramento. Se for a Fortaleza, não deixe de visitar a Prainha, embora ela não faça parte da lista de praias mais conhecidas. Vale muito a pena!

Praia das Dunas - Beach Park


A Praia das Dunas, uma das mais próximas de Fortaleza, é mais conhecida pela sua atração mais famosa: o Beach Park, que é o maior do tipo do país. E a maior atração do parque é um escorrega de "apenas" 45m de altura, que a gente enxerga lá da estrada! Gente, aquilo assusta. Não é nosso tipo de programa, fomos apenas para conhecer. Tem o parque propriamente dito, com diversos toboáguas, piscinas e outras atrações aquáticas. Para entrar nessa parte paga-se ingresso que, por sinal, não é barato. E tem toda a outra parte do parque que é gratuita e aberta ao público em geral, que compreende uma grande área ajardinada e a praia.


A área ajardinada é extremamente bem cuidada e arrumada com capricho. Não se vê um papel no chão, tem gente orientando por todos os lados (e tentando vender alguma coisa também) e muita gente tirando fotos.




Este é só um pórtico decorativo - um dos muitos do parque.




Como eu disse, tudo feito no maior capricho.






Jardins, com muitos coqueiros que fazem uma sombra maravilhosa.










Sereia com sua cascatinha privativa.






E aqui a área da praia, também sombreada por coqueiros.






Que dão uma cobertura excelente. Não há quiosques nessa praia.




E a praia em si, com bastante movimento. Foi um dos poucos lugares onde vimos salva-vidas. 








Como eu disse, o parque não é nosso tipo de programa, e toda esta estrutura acaba se refletindo no preço dos produtos, um tanto mais altos do que nas demais praias. Assim, resolvemos ir para a praia seguinte, que estava muito bem recomendada.


Pra encerrar, uma ideia muito interessante do pessoal do parque: este é um dos principais caminhos do parque, bastante largo... totalmente calçado com garrafas! Tudo isso são garrafas enterradas de cabeça pra baixo.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Praia da Lagoinha e passeio de quadriciclo até Mundaú


Lagoinha fica a mais ou menos 160km de Fortaleza (lado oposto a Canoa Quebrada). Essa é uma vista geral da praia, um pouco prejudicada pelo mau tempo.
É uma praia bastante mais simples do que as outras, com uma atração bem específica, que é o passeio de quadriciclo. Imagine um minibuggy sem capota, com sistema de direção parecido com uma moto: isso é um quadriciclo, que tem a enorme vantagem de poder ser dirigido por qualquer um; no nosso caso, o maridão, que se entendeu muito bem com o bichinho.


Este é o quadriciclo, sentado nele é o marido, e em frente, dando as instruções, é o guia - item indispensável para aproveitar bem o passeio, porque só ele conhece os lugares bons de visitar e como chegar lá. Ele vai sentado numa dessas proteções pretas sobre os pneus de trás, e funciona muito bem. Esse foi um dos diversos rios que tivemos que atravessar. Quando são pequenos, o quadriciclo encara muito bem.


Quando os rios são maiores, a travessia é em jangadas como essa aí.


E esse é um habitante normal nesta área de mangues: um caranguejo, que nosso guia achou não sei de que jeito no meio da areia onde o bicho estava enterrado. Na foto, ele está debaixo de uns cinco centímetros de água, já tentando se camuflar de novo... mas com a garra prontinha para beliscar o primeiro engraçadinho que se meter com ele de novo!


O passeio começa em Lagoinha e vai por quase quarenta quilômetros de praia. Algumas partes são pura areia e praia, e em outras há alguns pescadores, como na foto abaixo.


Em outros pontos tem coqueiros e algumas casas isoladas, excelentes para quem quer desaparecer nas férias. 


A maior "cidade" no caminho é Flexeiras que, de acordo com o guia, é mais ou menos uma quadra de casas entre a estrada e a praia. Mas nem se discute que o povo daqui tem estilo! Este é o restaurante do lugar com o infalível quiosque de praia.


E esta é uma pousada chiqueterésima onde só se consegue lugar fazendo reserva com muita antecedência. A cobertura é toda em palha de carnaúba, mas a arquitetura é bem exótica.


Seguimos por mais vários quilômetros de praia, de vez em quando avistando uma jangada de pescadores se arriscando no mar, apesar do tempo feio.


E chegamos a Mundaú, cidade que fica na embocadura do rio com o mesmo nome. Essa água azulzíssima é do rio, e este píer é o ponto local para fotos. Ao fundo, as dunas de Mundaú, que são MUITO maiores do que a foto sugere.


Depois de uma série de ruazinhas e becos, a gente sai da cidade e chega nas dunas, para se ter essa vista da foto seguinte. Está vendo o trilho cinza que avança para a água, com uma pintinha escura mais ou menos na metade? A pintinha é o píer. E a água é do rio! Nunca tinha visto rio azul assim. É impressionante! A criançada do lugar corre duna abaixo e mergulha direto, e a água parece bem funda aqui. Mas nadam feito peixinhos!


E aqui, o rio se espreguiçando entre areia e dunas. Toda a água em primeiro plano é o rio. O mar fica após a linha das ondas (branca, bem ao fundo, à direita)


Não tenho nenhuma foto boa das dunas, que formam um verdadeiro mar de ondas de areia a perder de vista. O guia disse que elas têm mais de quinze quilômetros, indo até Flexeiras. A provável causa de eu ter esquecido de uma boa foto das dunas foi meu encantamento com todo esse verde escondido entre a areia. 












Na volta, passamos por mais uma lagoa de água doce escondida entre dunas, cujo acesso não encontraríamos de jeito nenhum sem o guia. Não vou nem tentar lembrar do nome, porque era muito estranho e não consegui gravar. Mas é perto da lagoa do Jegue, que é bem menor e mais rasa. Há uma quantidade bem espantosa dessas lagoas por aqui! Para um lugar que vive reclamando de seca, é pelo menos bem esquisito.


E esse é o vertedouro da lagoa, que forma um rio que vai até a lagoa do Jegue e depois chega ao mar. O volume de água estava pequeno. Quando chove, a lagoa enche e se forma uma verdadeira cachoeira.




Riozinho que vai da lagoa de nome esquisito até a lagoa do Jegue. Também fica muito mais cheio na época de chuvas.






Retornamos a Lagoinhas pela praia, e paramos no que já tinha nos chamado a atenção na ida: mais falésias, aqui bem degradadas, com uns cinco metros de altura. Tudo parece esfarelando e despencando.


Mas, como em todas as falésias desse tipo, tem água doce correndo forte e formando grotas nas pedras. Aqui ela surge bem fundo entre as pedras. Quando a gente escala pra ver de cima, é só pedra, sem umidade alguma. E é bastante água, nada de pinguinhos esparsos!




A próxima foto é de restos de falésia que o mar já derrubou. As cores da pedra são fantásticas. O meu pé com chinelo serve para dar uma ideia do tamanho real dessa "pedrinha".


No lado do mar, arrecifes baixos que só aparecem quando a maré desce. Quando saímos para o passeio, tudo isso estava debaixo d'água.







Depois dessa parada, fomos de volta para Lagoinhas, onde mais uma vez almoçamos na beira do mar. 




Para finalizar, o cartão postal da cidade: a duna com os coqueiros!

Praia do Cumbuco


Esta é uma das praias mais conhecidas daqui, e fica a 35km de Fortaleza. É uma praia sem falésias, mas tem muitos coqueiros em toda a sua extensão.


Esta é a visão para um dos lados. O céu está bastante carregado, tivemos muita chuva nesta manhã, mas, quando chegamos a Cumbuco, estava só este nublado fechado.






E para o outro lado, mostrando ondas bem bonitas e nuvens bem fofas (de chuva, é claro).





Aqui, os onipresentes quiosques de praia do Ceará. Este da praia do Cumbuco tem excelente estrutura. A jangada, assim no seco, é um convite a fotos.


E, encerrando, o mar do Cumbuco. De acordo com o pessoal daqui, a água escura é por causa da chuva; quando não chove, o mar é cristalino.


O forte desta praia é o passeio de buggy pelas dunas, mas, como já andamos de buggy no Morro Branco, resolvemos não repetir o passeio - apesar de dizerem que este é muito mais emocionante do que o do Morro Branco. Enfim, não dá pra fazer tudo... E, se eu tivesse que escolher entre emoções de buggy e as belas paisagens alienígenas do Morro Branco, eu continuaria com a opção do Morro Branco. Foi um passeio inesquecível!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Praia das Fontes



A Praia das Fontes é continuação da praia do Morro Branco. A diferença é que, na praia das Fontes, as falésias estão mais desgastadas e são mais baixas... e, como o nome diz, a água aumenta aos montes! A quantidade de nascentes é fora do comum, todas elas de água absolutamente doce e deliciosa. Nem parece que tem mar bem ali pertinho! As fontes brotam de fendas nas falésias e, em muitos locais, o pessoal represou para fazer chuveiros naturais como esses aí.
Não se engane: a água cai de mais de quase três metros de altura, e a gente toma um banho sensacional! É uma verdadeira massagem de água. Ficamos um tempão no "chuveiro", porque é uma delícia! Aliás, na volta do passeio, tomamos mais um banho nessas fontes.


Mais adiante, encontramos essa piscina abaixo. A mureta foi construída por um empresário que pretendia fazer um empreendimento imobiliário no local, mas foi embargado pela prefeitura. A piscina, que é enchida pelas nascentes do lugar, ficou, e é maravilhosa.


A paisagem alienígena se estende por vários quilômetros. Aqui, parece um monte de picos de merengue em cima de um bolo!


E mais adiante chegamos a outro ponto importante da praia: uma gruta escavada pelo mar na falésia. Tem uma abertura para o mar, na frente, e uma abertura para cima, que deixa entrar o Sol. A gruta muda a cada maré, esvaziando ou enchendo de areia conforme as ondas. De acordo com nosso guia, ela nunca é igual. Essa é uma vista de dentro pra fora da gruta, onde a entrada da gruta emoldura o mar. 


Aqui é outra gruta se formando, logo depois da primeira. Tamanho? Dois metros e meio, três de altura, e um metro e meio de profundidade, e está aumentando rápido.


Seguimos adiante, continuando com paisagens de outro mundo. Vai me dizer que isso aí não parece um disco voador! A água na frente é foz (!) da lagoa de Uruau, despejando seu excesso de água no mar.


Tudo isso é água da lagoa.


Aqui, o lado esquerdo da lagoa. Aquelas dunas ao fundo são enormes, e a vegetação cerca o restante. Nos outros dias, a lagoa fica com muitos turistas, mas no dia em que fomos estava vazia.


Lagoa para o outro lado. Linda! A água é clara, morna e muito limpa. De acordo com o pessoal daqui, a maior parte da água vem das nascentes, é o que mantém a lagoa o ano todo. Agora estava com bastante saída de água para o mar por causa da chuva.


Depois da visita à lagoa, fomos para as dunas. Como se pode ver pelo chão intocado, éramos os únicos ali também. É um verdadeiro mar de areia.


Com belos oásis entre as dunas! É realmente muito lindo estar no topo de uma duna, só vendo areia a toda volta, e de repente se abre uma visão como esta.


Andamos mais um bocado pelas dunas, fizemos uma boa descida bem íngreme daquelas de se segurar bem firme, e finalmente retornamos à praia para um almoço muito tardio na beira do mar. Essa era nossa paisagem. Nada má, não?