Lagoinha fica a mais ou menos 160km de Fortaleza (lado oposto a Canoa Quebrada). Essa é uma vista geral da praia, um pouco prejudicada pelo mau tempo.
É uma praia bastante mais simples do que as outras, com uma atração bem específica, que é o passeio de quadriciclo. Imagine um minibuggy sem capota, com sistema de direção parecido com uma moto: isso é um quadriciclo, que tem a enorme vantagem de poder ser dirigido por qualquer um; no nosso caso, o maridão, que se entendeu muito bem com o bichinho.
Este é o quadriciclo, sentado nele é o marido, e em frente, dando as instruções, é o guia - item indispensável para aproveitar bem o passeio, porque só ele conhece os lugares bons de visitar e como chegar lá. Ele vai sentado numa dessas proteções pretas sobre os pneus de trás, e funciona muito bem. Esse foi um dos diversos rios que tivemos que atravessar. Quando são pequenos, o quadriciclo encara muito bem.
Quando os rios são maiores, a travessia é em jangadas como essa aí.
E esse é um habitante normal nesta área de mangues: um caranguejo, que nosso guia achou não sei de que jeito no meio da areia onde o bicho estava enterrado. Na foto, ele está debaixo de uns cinco centímetros de água, já tentando se camuflar de novo... mas com a garra prontinha para beliscar o primeiro engraçadinho que se meter com ele de novo!
O passeio começa em Lagoinha e vai por quase quarenta quilômetros de praia. Algumas partes são pura areia e praia, e em outras há alguns pescadores, como na foto abaixo.
Em outros pontos tem coqueiros e algumas casas isoladas, excelentes para quem quer desaparecer nas férias.
A maior "cidade" no caminho é Flexeiras que, de acordo com o guia, é mais ou menos uma quadra de casas entre a estrada e a praia. Mas nem se discute que o povo daqui tem estilo! Este é o restaurante do lugar com o infalível quiosque de praia.
E esta é uma pousada chiqueterésima onde só se consegue lugar fazendo reserva com muita antecedência. A cobertura é toda em palha de carnaúba, mas a arquitetura é bem exótica.
Seguimos por mais vários quilômetros de praia, de vez em quando avistando uma jangada de pescadores se arriscando no mar, apesar do tempo feio.
E chegamos a Mundaú, cidade que fica na embocadura do rio com o mesmo nome. Essa água azulzíssima é do rio, e este píer é o ponto local para fotos. Ao fundo, as dunas de Mundaú, que são MUITO maiores do que a foto sugere.
Depois de uma série de ruazinhas e becos, a gente sai da cidade e chega nas dunas, para se ter essa vista da foto seguinte. Está vendo o trilho cinza que avança para a água, com uma pintinha escura mais ou menos na metade? A pintinha é o píer. E a água é do rio! Nunca tinha visto rio azul assim. É impressionante! A criançada do lugar corre duna abaixo e mergulha direto, e a água parece bem funda aqui. Mas nadam feito peixinhos!
E aqui, o rio se espreguiçando entre areia e dunas. Toda a água em primeiro plano é o rio. O mar fica após a linha das ondas (branca, bem ao fundo, à direita)
Não tenho nenhuma foto boa das dunas, que formam um verdadeiro mar de ondas de areia a perder de vista. O guia disse que elas têm mais de quinze quilômetros, indo até Flexeiras. A provável causa de eu ter esquecido de uma boa foto das dunas foi meu encantamento com todo esse verde escondido entre a areia.
Na volta, passamos por mais uma lagoa de água doce escondida entre dunas, cujo acesso não encontraríamos de jeito nenhum sem o guia. Não vou nem tentar lembrar do nome, porque era muito estranho e não consegui gravar. Mas é perto da lagoa do Jegue, que é bem menor e mais rasa. Há uma quantidade bem espantosa dessas lagoas por aqui! Para um lugar que vive reclamando de seca, é pelo menos bem esquisito.
E esse é o vertedouro da lagoa, que forma um rio que vai até a lagoa do Jegue e depois chega ao mar. O volume de água estava pequeno. Quando chove, a lagoa enche e se forma uma verdadeira cachoeira.
Riozinho que vai da lagoa de nome esquisito até a lagoa do Jegue. Também fica muito mais cheio na época de chuvas.
Retornamos a Lagoinhas pela praia, e paramos no que já tinha nos chamado a atenção na ida: mais falésias, aqui bem degradadas, com uns cinco metros de altura. Tudo parece esfarelando e despencando.
Mas, como em todas as falésias desse tipo, tem água doce correndo forte e formando grotas nas pedras. Aqui ela surge bem fundo entre as pedras. Quando a gente escala pra ver de cima, é só pedra, sem umidade alguma. E é bastante água, nada de pinguinhos esparsos!
A próxima foto é de restos de falésia que o mar já derrubou. As cores da pedra são fantásticas. O meu pé com chinelo serve para dar uma ideia do tamanho real dessa "pedrinha".
No lado do mar, arrecifes baixos que só aparecem quando a maré desce. Quando saímos para o passeio, tudo isso estava debaixo d'água.
Depois dessa parada, fomos de volta para Lagoinhas, onde mais uma vez almoçamos na beira do mar.
Para finalizar, o cartão postal da cidade: a duna com os coqueiros!
Oi Eleonor, gostei muito do post. Vcs foram todo o percurso pela praia? E de Lagoinha até Flexeiras pela praia são só cerca de 40km?
ResponderExcluirOi, Patrícia.
ResponderExcluirSim, fomos o tempo todo pela praia, no quadriciclo. Não daria para fazer o percurso de carro ou moto, por causa dos rios sem balsa. Acho que, com bicicleta, daria para encarar, se a pessoa estiver em boa forma.
Os 40km são até Mundaú. Flexeiras fica mais ou menos na metade do caminho.
Se for fazer o passeio, faz sem pressa. Vale MUITO a pena!
Eleonor
Oi Eleonor, adorei o seu relato. Você lembra o valor do passeio? O guia foi com vocês no quadriciclo? Abraços
ResponderExcluirOlá Eleonor.
ResponderExcluirTudo bem?
Adorei a ideia de ir de quadriciclo entre as praias. Mas fiquei com algumas duvidas.
Quanto tempo durou o passeio ida e volta?
O aluguel do quadriciculo foi feito na praia ou com alguma agencia?
O passeio é guiado ou vocês que fizeram a sua rota
Abs
Olá, Alexandre. Desculpe tanta demora ao responder!
ExcluirO passeio de ida e volta leva umas seis horas, com uns bons pontos para lanches no caminho. Vale muito a pena!
2. O aluguel foi feito por uma pessoa indicada pelo hotel. É sempre mais seguro assim.
3. Passeio guiado sempre! É mais seguro, os guias conhecem os lugares mais bonitos (e escondidos), e tem uns riozinhos no caminho que precisa de um bom conhecedor para atravessar!
Recomendo DEMAIS o passeio. É inesquecível! Temos um litoral muito lindo que pouca gente conhece!
Abraços!